Matsu [Dominação| Rokubi]

"Dores, insônia, ansiedade, males que me torturam a alguns dias, para ser mais exata, desde o dia em que selaram este monstro em mim. Após ter escrito tais palavras em um pequeno caderno de anotações, analiso o papel com a mão esquerda sobre meu abdômen, no local em que se encontrava o selo. Bato com a ponta da caneta que estava em minha direita sobre o papel algumas vezes, fazia tal coisa forçando minha mente à pensar sobre esses inconvenientes que vem acontecido comigo. Viro meu rosto para a esquerda, assim vendo a janela que ficava a dois metros da escrivaninha na qual usava para apoiar o caderno, quando vejo a lua brilhar do lado de fora da janela sobre as centenas de árvores que cercavam a aldeia da folha. Suspiro profundamente estufando meu peito fazendo com que, vagamente, meus seios ficassem sobre a escrivaninha à minha frente. Quando suspiro, dezenas de pensamentos vem a minha cabeça, todos ligados ao fato de eu ser uma nova jinchuuriki no mundo shinobi. Com o cargo que foi dado à mim, o de Sanin, eu tinha acesso a alguns pergaminhos proibidos da vila, aproveitando deste privilégio, havia pesquisado sobre jinchuurikis passados, que deram seu corpo para salvar sua vila e talvez até o mundo.

Quando lembro das pesquisas, meu longo suspiro havia cessado, sinto a sensação de como se tivesse lido o final de um livro sem ter lido o começo, então com um olhar sério eu me levanto da cadeira de madeira que eu estava sentada e vou em direção a uma parede próxima a janela. Naquela parede havia uma prateleira onde estavam vários outros livros idênticos ao que estava sobre a escrivaninha com a lombada à mostra, porém mudando a cor. Passo os olhos por toda a prateleira em busca do livro que queria, até que o acho, um livro preto de capa dura que me chama a atenção em meio aos outros livros. Sem dificuldade estendo a mão direita até o livro, posicionando a caneta entre os dedos para poder segura-la enquanto carrego o livro até a escrivaninha. Com o próprio livro preto, empurro o livro que estava sobre a escrivaninha para o canto, assim ganhando espaço para por o livro preto sobre a mesa para por o livro preto. Coloco o livro preto sobre a mesa ainda fechado, em sua capa havia um grossa faixa branca vertical que tomava quase toda a capa, olhando para a kanji escrita sobre aquela faixa, repito em voz baixa: 人柱力 (Jinchuuriki). Depois de ler o título daquele livro, onde eu havia posto o máximo de informações sobre jinchuurikis e bijuus achadas, um pequeno sorriso aparece no canto de minha boca, mantendo o tímido sorriso em meu rosto passo a mão esquerda sobre a capa, logo em seguida o abrindo.

Com o livro preto aberto sobre a escrivaninha eu começo a folheá-lo. Leio algumas páginas até o momento que sinto um peso sobre minhas pernas,rapidamente olho para ver o que era e noto que era Neko, sorrio para ele quando percebo o tal ronronar sobre meu corpo, ao mesmo tempo que sorria começo a acariciar seu pelo com a mão esquerda enquanto que voltava a folhear o livro com a mão direita. Dezenas de páginas se passam até que acho o que tanto procurava, um pequeno pedaço de pergaminho colado ao livro no qual em seu topo estava escrito "Elo!". Leio o pergaminho até o final, a cada palavra que lia lembrava o que eu fazia quando havia achado aquela passagem. Estava escrito: "Ele e seu jichuuriki entraram em um acordo, no qual o que saísse vivo de uma luta, iria ter o que queria. Não se sabe exatamente o que o Bijuu pediu caso ganhasse..." Quando estava prestes à terminar de ler um som estranho vem a minha cabeça, era como o de passos, porém não podia ser alguém em minha casa já que aqueles passos eram como facadas em minha cabeça, o que seria tal dor?

Os passos aumentava assim como a dor que o acompanhava, fecho minhas mão com força tentando controlar minha dor, mas quando faço isso, além de quebrar minha caneta, aperto o corpo de Neko fazendo-o miar de dor e em seguida fugir pela janela. Após alguns segundos de dor eu caio da cadeira ficando apoiada de quatro no chão com meu rosto próximo ao chão, até que de um instante para o outro, aquela dor desaparece. Mesmo com a dor tendo desaparecido, eu continuava abaixada olhando para o chão com o rosto bem próximo a ele. Ofegante, eu não conseguia mover nenhum músculo. Desesperada, me pergunto de onde veio tal dor, até que finalmente tenho a resposta, uma voz fria e lenta dentro de minha cabeça me diz: Se eu ganhar, você... (risos)... morrerá criança. Mesmo assustada respondo em voz alta com a voz um pouco trêmula e as duas mãos sobre a cabeça à apertando levemente como se tivesse tentando me concentrar mais ainda na conversa. Você? Não pode ser... Como?... Paro de falar por alguns segundos e fechando os olhos, que antes eu encarava o chão com olhar de desespero, movimento minhas mãos do topo de minha cabeça até o chão, fechando os punhos pouco antes da colisão, isso faz com que o assoalho do chã,o poucos centímetros a minha volta, se resumisse à uma cratera. Após dar o soco, meus olhos estavam profundos e meus cabelo flutuava à minha volta inquieto, então com uma voz rouca digo: Não importa! Irei detruí-lo e você me dará o seu poder! HAHAHA... (gargalhada) Então veremos criança! Após um pequeno diálogo, mesmo com os olhos fechados consigo ver à minha frente olhos minúsculos que me olhavam do alto, e como se uma luz brilhasse dentro de minha mente, toda a escuridão some dando lugar à um cenário nunca visto antes por mim. A cinqüenta metros a minha frente, Rokubi, o bijuu, diz: Vamos lá, me mostre o que você sabe fazer!


Um novo cenário, como se um mundo novo tivesse surgido à minha volta onde só existiam dois seres, dois oponentes, cujo no final, sobrará apenas uma com vida. Ouvia meu oponente à cinqüenta metros de mim, sua voz era alta, mas a fúria que me tomava naquele momento era mais intimidadora que aquela voz. Quando Rokubi termina de falar, com velocidade, ele ergue a parte de seu corpo que parecia ser sua cabeça para frente lançando uma imensa rajada de água. Com velocidade exerço selos de mão quando meu oponente ainda inspirava ar para depois cuspira a água, e quando os termino espero meu oponente atacar e então eu digo em voz alta: Suiton - Ja no Kuchi! Quando termino de falar a rajada já estava à vinte metros de mim, mostrando que aquela rajada era extremamente rápida, a ponta de tal rajada começa a tomar forma de uma boca de cobra, porém este ataque já não vinha mais em minha direção. Quando a rajada d'água se "transforma" em uma cobra, ela dá meia volta e vai em direção ao seu lançador, ou seja, ao bijuu e o pegando em cheio no pescoço, logo em seguida esta água começaria a escorrer pelo corpo do bijuu.

Após o ataque ser bem sucedido, noto que o bijuu fica com seu corpo molhado, coisa que seria ótimo para mim. Começo a correr na direção afim de me aproximar o suficiente para ataca-lo, porém quando faço isso algo estranho acontece, uma bola gigantesca de cor negra surge bem a frente da boca dele. Quando vejo a tal bola negra, é como se eu estivesse sentido ondas passando por dentro de meu corpo, todo o chão à volta do bijuu começava a rachar, além das incontáveis ondas de poeira que lançava à dez metros à sua volta. Isso não vai ser bom... ÁH DROGA! Dizia tranqüilamente até ver que Rokubi, o bijuu, abaixava sua cabeça rapidamente, que provavelmente seria para lançar a técnica, e a lança. Uma forte luz surge daquela bola de chakra negra em campo por alguns segundos. A luz desaparece num instante, porém, junto com essa luz, todas as árvores e o solo fértil desaparecem, dando lugar à uma paisagem rochosa que emanava fumaça, mostrando que o chão estava extremamente quente. O Biju agora estava parado a frente de uma imensurável vala, que fora formada pela técnica dele, esta vala se estendia até onde a visão alcançava. Sinais de vida eram inexistentes naquele direção, nem sequer um simples pedaço da roupa de Matsu havia sobrado para que o Bijuu pudesse lembrar do dia em que matou seu jinchuuriki.

Já acabou? Rokubi dizia alto num tom cínico quando percebia que havia feito com sucesso seu ataque, sua risada vinha logo à seguir das palavras. A risada daquele mostro ecoava pela "cratera" e o que restou da floresta em volta daquela cratera, porém a risada diminuía aos poucos como se algo tivesse dado errado. Levantando as antenas no topo de sua cabeça para o alto, onde se localizavam os olhos da fera, ele vê uma imensa quantidade d'água cair sobre sua cabeça, logo ele se movem para o lado, porém, mesmo seu passo o movendo grandes distâncias, seu corpo grande o tornava lento, assim a água cai sobre a cabeça dele com grande força, dando tempo somente dele fechar seus olhos para protege-los da água. Rokubi entendia o surgimento daquela água, ele sabia que eu estava viva, mas se não estava a sua frente, já que à frente do bijuu, a floresta, estava totalmente destruída, só poderia estar atrás dele, então sem ao menos olhar para trás ele move suas seis caudas afim de destruir tudo que estivesse próximo às costas dele, coisa que era fácil para um ser que poderia destruir um montanha facilmente.

Eu havia escapado daquela técnica monstruosa graças à uma técnica de movimentação, na qual eu posso me mover por rochas facilmente, assim eu usei para me mover pela terra, já que a tal nada mais é que uma rocha gigante. Usufruindo do poder da técnica que usei para me movimentar, desapareço da frente do bijuu e me movo para trás dele instantes antes dele usar o Bijuudama, assim, sendo salvo da morte. Atrás dele, após a Bijuudama, vejo que aos poucos ele percebe que eu estou vivo, provavelmente pelo fato de que se ele realmente tivesse me matado ele estaria fora deste mundo, ou seja, fora de meu corpo, por isso, após realizar selos, faço uma enorme quantidade de água cair sobre a cabeça dele para deixa-lo confuso, em seguida começo a fazer novo selos para usar uma nova técnica. Enquanto eu fazia os selos a terra começa a tremer, olho para o bijuu e vejo o tal levantando todas as suas caudas ao mesmo tempo, provavelmente para me atacar. (penso) O último ataque dele foi realmente destrutivo, preciso ataca-lo antes que ele conclua este ataque, se não... Tenho meus pensamentos interrompidos por um incômodo em meu pé, uma pequena quantidade de água provindo de meu último jutsu, que havia escorrido por todo o corpo do Bijuu, e quando o tal levanta suas caudas, faz com que a água escorra até mim, que estava a apenas dez metros dele naquele momento. Os selos já estavam feitos, agora com aquela água eu poderia estender o poder de minha técnica e torna-la muito mais poderosa, então com os selos feito digo em voz alta e com convicção, porém não alta o suficiente para que o Bijuu ouvisse: Raiton - Jibashi! Enquanto falava uma pequena onda de raios começava a circular minhas mãos que estavam com os selos formados, mas quando termino de falar, apontando ambas as mãos para o chão, que continha água, uma grande quantidade de raios saem em direção ao bijuu por meio da água. O Bijuu parecia estático recebendo aquela grande carga de minha técnica, que por estar molhado da cabeça aos pés, afetou gravemente grande parte do corpo dele, principalmente a cabeça, nem mover suas caudas ele conseguiu, para concluir o que eu supus que seria um ataque.

O Bijuu mal conseguia gritar por causa da dor causada pelo ataque, era possível as vezes ver raios se movimentando por diferentes lugares do corpo dele, mas será que aquele ataque seria o suficiente? Acho que não, pois segundos após eu aplicar com sucesso minha técnica as caldas do bijuu embalavam em uma queda irrepreensível em direção ao solo. As caldas se moviam rapidamente, mas apenas uma vinha em minha direção, era uma coisa arriscada, mas era minha única chance de sobrevivência neste momento. Fazendo rapidamente poucos selos, aponto minhas duas mãos em direção a calda que se aproximava, uma série de pétalas surgem e vão em direção à calda em forma de uma rajada giratória de tamanho comparável com a calda. Aquele redemoinho faz tal calda parar durante seu trajeto, mas só enquanto mantive minha técnica ativa, coisa que não durou muito já que eu estava usando ninjutsus um atrás do outro, e como desativei a técnica aquela calda voltou a cair em minha direção, e a única coisa que eu podia fazer era fechar os olhos e esperar para morrer, ou acreditar nisso.


Quando fecho os olhos ouço um estrondo grave, como se algo grande estivesse aterrissando lentamente sobre a terra, eu estava de pé, com as pernas tremendo, não de cançaso, mas de medo, porque talvez aquele momento estivesse sendo o último de minha vida, mas uma sensação alívio misturada com a de dúvida me cerca naquele momento, porque demorava tanto, porque aquele som próximo de mim. Tomo coragem lentamente para abrir meus olhos e ver o que havia ocorrido à minha volta, quando abro por completo meus olhos e tiro os braços da frente, que havia posto como uma espécie de proteção quando desativei minha última técnica usada. Quando faço tal movimento uma forte luz ofusca minha visão me forçando a fechar os olhos novamente, coloco a mão a frente dos olhos para bloquear aquela luz e em seguida começo a olhar o lugar em que estava. Percebo que eu estava deitado em meu quarto e que já havia amanhecido, coloco a mão em minha testa como se estivesse tentando aliviar alguma dor nela, mas não era nada muito forte, em seguida me levanto indo até a janela do quarto. Cambaleando, chego até a janela me perguntando sobre tal sonho, se realmente aquilo foi um sonho, se foi realidade ou seja lá o que foi, eu simplesmente entro num momento em que desejava saber a verdade, e logo tenho a resposta. Nossa, como você é criança ainda... Claro que foi verdade! Infelizmente.... Surpreso, ao mesmo tempo que feliz e curioso por ouvir aquela voz novamente, eu não me contento somente com aquela resposta e ouso perguntar mais. O que houve? Por quê não me matou quando podia? Novamente aquela voz em minha cabeça, porém desta vez, além da voz, como se fosse uma lembrança, ele me mostra o que havia acontecido no momento em que fui livre.

Bem, você com certeza não percebeu desde o inicio, por eu ser uma lesma meu corpo é protegido por um líquido viscoso, você com suas técnicas aquáticas removeram minha "proteção natural" lentamente me deixando totalmente a mercer dos seus ataques, como aquela técnica do elemento trovão, que sinceramente, por meu corpo ainda estar molhado causou grande dano, fazendo com que eu ficasse fraco fisicamente e perdesse o controle que mantinha sobre seu corpo... Foi quando você me atacou com aquela técnica de vento que percebi o quão forte você era, conseguir fugir de uma técnica como o Bijuudama não é fácil, e ainda ter força para, com uma técnica de vento, bloquear o golpe que lhe daria com minha cauda... Você me convenceu sobre sua força e acho que por enquanto eu não vou ter mais alguma chance de ter minha liberdade... mas não sorria, porque eu não desisti dela, quando você menos esperar lhe desafiarei novamente criança... *Humph* Olho para o horizonte como se estivesse hipnotizado com a fala daquele ser, eu estava confuso com todas aquelas palavras, mas havia entendido que a vitória tinha sido minha. Fecho os olhos novamente com um sorriso largo e digo: Então acho que não vou sentir mais aquelas dores e vamos poder compartilhar o chakra? Você é abusada... Responde ele. Mas está correta, vou manter minha palavra mas não conte sempre comigo okay?! Bem, vou descansar, não me perturbe mais... Quando Rokubi para de falar o silêncio toma o cômodo em que eu estava, pelo menos até Neko reaparecer no quarto pela janela em que eu estava após uma noite inteira de festa, o tal gato sem perder tempo salta da janela para o chão e começa a se entrelaçar entre minhas pernas, provavelmente afim de comida, então olhando com um sorriso suavemente alegre para o gato, com a mão direita, o agarro e o carrego até o local onde daria o que comer para o gato.


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Obrigado *---*

/o/

[OFF] Vamo invadir as vilas agora õ/. #MEGUSTA#